Xisto português: do Douro para o mundo

Uma pedra milenar com múltiplas aplicabilidades

18.06.2019

Formado há cerca de 500 milhões de anos nas pedreiras do Douro, o xisto – designação corrente para um conjunto de pedras metamórficas – é um material com inúmeras aplicabilidades. O seu característico tom escuro faz de aldeias como Piódão ou Talasnal locais absolutamente únicos, e tem vindo a conquistar o mercado além-fronteiras.

Talasnal, uma das aldeias de xisto nacionais © Tania & Artur

Também conhecido por “lousa”, o xisto português começou a ser utilizado há cerca de dois séculos por proprietários de terrenos vinícolas que recorriam à rocha para delimitar as suas parcelas de terra. Ao longo do rio Côa existem pedras de xisto formadas durante a era Paleozóica, de tons de cor variáveis, e de possível extracção nos dias que correm. Esta conjugação de factores é única no mundo.

© Remi Mathis

A região conta com três empresas dedicadas à extracção e transformação desta rocha, que é exportada para países como a Alemanha, França, Rússia, Polónia ou os EUA, destinando-se a ser aplicada em fachadas de edifícios ou peças de mobiliário.

Propriedades como a porosidade, a textura, as variações de cor ou a resistência fazem do xisto português um material ímpar, que em muito pode contribuir para a valorização dos recursos naturais e da indústria portuguesa.

© khasut

Fontes:
Renascença
El Diario