© Ricardo Gonçalves

Deconstructing the Cube

Amanda Levete

Uma peça que desafia as percepções da geometria e que explora a forma como entendemos a matéria. Um cubo aparentemente perfeito com quase 2 metros de altura é criado através de uma série de lajes onduladas, colocadas umas sobre as outras, com cada camada rodada a 90 graus. À medida que se circunda o cubo, a sua complexidade visual revela-se, criando um efeito dinâmico. De lado, aparenta ser uma massa sólida e monolítica; visto dos cantos, desmaterializa-se, expondo as dez camadas que o compõem.

 

 

Deconstructing the Cube, por Amanda Levete

O nosso desenho desafia as percepções de geometria, transformando-se numa exploração de como entendemos a matéria.

Um cubo aparentemente perfeito com quase 2 metros de altura é criado através de uma série de lajes onduladas de calcário, colocadas umas sobre as outras, com cada camada rodada a 90 graus. À medida que se circunda o cubo, a sua complexidade visual revela-se, criando um efeito dinâmico. De lado, aparenta ser uma massa sólida e monolítica; visto dos cantos, desmaterializa-se, expondo as dez camadas que o compõem, permitindo que se veja através do cubo.

De repente percebe-se que se trata de uma ilusão óptica, que quando vista a partir de certos ângulos não tem cantos, não é um cubo e nem é uma forma sólida.

As camadas mudam subtilmente de tonalidade, progredindo desde o mais escuro na base ao mais claro no topo, parecendo dissolver-se na camada superior.

Enaltecendo a pedra como um material rico e belo, a peça revela o método da sua construção nas camadas superiores, onde as linhas de corte continuam visíveis, enquanto as camadas inferiores possuem um acabamento suave e polido.

A peça aumenta o potencial do calcário português ao utilizar novas formas de transformação, cortando a pedra em ondas sinusoidais e juntando-as para criar as camadas volumosas de 5 metros quadrados.